Desafio da preparação física de um atleta de futebol

Nos dias atuais o futebol é uma das atividades esportivas que mais exigem dos nossos atletas.  Em qualquer nível, o treinamento, o condicionamento físico e mental é fundamental para o desenvolvimento de uma equipe seja ele profissional ou amador. Para que os jogadores consigam ter um bom rendimento dentro do campo durante uma competição muito longa.
O treinamento físico teve um desenvolvimento muito amplo durante esses anos, e os profissionais envolvidos cada vez mais se especializam sobre o assunto, onde requer equipamentos modernos como computadores e aparelhos eletrônicos para se observar o nível do condicionamento físico em que os jogadores se encontram.
É uma tarefa de grande responsabilidade e dedicação em que o profissionais da área de Educação Física tem de cuidar, para deixar seus jogadores em um nível de condicionamento físico superior para que obtenha um bom rendimento, durante uma competição, uma condição que exige-rá uma estrutura física para que não ocorram futuros transtornos durante uma temporada. 
Um atleta profissional corre entre 9 e 11 quilômetros durante os 90 minutos de uma partida de futebol, em geral os meias são os maiores corredores, os laterais são os que mais correm com a bola nos pés, e atacantes correm as menores distâncias, mas chegam a dar 50 piques de até 15 metros em altíssima velocidade.
Os jogadores correm em uma a partida, sendo 24% andando, 36% trotando, 20% em perseguição, 11% sprints, 7% correndo de costas e 2% movimentando com a posse da bola. O jogador de futebol deve possuir excelente resistência, com o VO2max atingindo faixas entre 55 -70 ml/kg/min para profissionais. O jogo é disputado numa intensidade próxima ao limiar de lactado (80-90% Fcmáx.).
Cada jogador tem uma característica, então para um bom treinamento físico o preparador tem que ter em mente, fazer um bom planejamento adequado, conhecer bem seus jogadores e a qualidade de cada um para montar sua estratégia de trabalho.
Margaria (1967) relatou que esforços máximos de 2 ou 3 minutos de duraçãoabrangendo 70 % da musculatura corporal provocam um acúmulo de lactatosangüíneo de 14 a 16 mmol/l. Segundo ele, deve-se observar que concentrações máximas encontradas no sangue (20 mmol/l) são muito inferiores às concentrações encontradas nos músculos (que muitas vezes podem atingir a 30 mmol/l).
Um fator muito importante e que pode definir o nível de esforço no futebol é onível técnico dos jogadores, pois quanto mais elevado o nível da disputa, maior serão os momentos de alta intensidade no jogo. O estilo do futebol, segundo a cultura de seu país, poderá influenciar no comportamento e na intensidade do jogo, pois, dependendo da região, as ações no jogo e o conseqüente esforço físico podem diferir consideravelmente. Todos esses fatores são aspectos importantes na determinação da demanda fisiológica e produção de energia no futebol (Weineck, 2000).
Segundo Ekblom (1986), o futebol é um exercício intermitente de alta intensidade e a execução das ações de alta e baixa intensidade varia de acordo com o estilo individual, funções pré-determinadas e posição específica dos jogadores dentro do jogo.
O futebol é um desporto que, por sua grande complexidade, envolve diversosfatores sob o ponto de vista fisiológico. As ações dos jogadores dentro das diferentes situações de jogo, as solicitações específicas das posições e as funções determinadas pelas diferentes estratégias de jogo garantem uma grande e variada exigência no que diz respeito à demanda energética durante a realização dos treinamentos e no jogo propriamente dito (Garret & Kirkendall, 2003).